quarta-feira, 26 de maio de 2010

E  melhor a palavra que traduz o atual estado de espírito em que vivo é FELICIDADE. Que transborda, que borbulha, que transforma, que motiva.

terça-feira, 18 de maio de 2010

- Isso é it!

Algumas mulheres nascem para ser mãe. Ou para espalhar esse sentimento aos próximos. Amigos, conhecidos, colegas, parentes, estranhos no ponto de ônibus.
O fato é que quando parecemos estar cara a cara com essa realidade, mente e corpo se transformam no exato momento. Quando a "mocidade" atrasa mais do que devia já entramos de imediato num processo que mescla preocupação e mudanças repentinas de comportamento. A fome aumenta, o seio dói, o temperamento borbulha e parece que até a barriguinha dá sinais de crescimento.
Não vemos mesmo outra saída que não comprar um exame que poderá mudar o teu presente e iluminar o teu futuro. "Bom dia! Faça xixi no potinho! Mergulhe a fita e espere que apareça apenas UM risquinho cor de rosa". 5 minutos parecem uma eternidade. Só nesse momento me dou o direito de reviver todos os meus passos como num rolo de filme. "Não era pra ser agora". Mas e se for?! Tudo bem.. damos um jeitinho aqui e ali, o quarto de visitas pode facilmente ser transformado no quarto do bebê, com certeza a família irá ajudar no início e pense bem... um filho... uma vida pulsando dentre de ti... não poderia ser mais maravilhoso, afinal, no quesito coisas materiais a gente arruma uma outra saída.
Pronto. Um risquinho cor de rosa apareceu.... e outro também. BoooooM!
O mundo c
                 a
                   i
                    u sobre minha cabeça ou foi só um suspiro mais forte do meu coração que agora bate acelerado e com vontade de ser vomitado?
Acorde seu marido... conte a ele, não digira toda essa informação sozinha! "Não é possível!!!". Sim, é possível sim senhor.
Tenho certeza que ele também teve sua sessão de cinema particular naquele fragmento de instante.
Volto a adormecer, mas dessa vez minha mão não está sobre ele, ou sobre o peito, está sobre o ventre. O desejo de cuidar de algo que está dentro dele soa mais forte, e num  momento de "conformidade", as mãos dele vem parar no mesmo lugar. Cuidar do que é nosso, do que é fruto do que já se estabeleceu entre nós.
Para ter a certeza é necessário tirar alguns mls de sangue. Medir o nível de um certo hormônio, o tal do HCG. Seu coração continua batendo forte, afinal aquele momento pode mesmo ser derradeiro. "Que picadinha que nada..."
Uma hora depois você terá a resposta......
......
..................
.......................................
.............................................. (passa minuto, passa segundo.. passa rápido por amor a Oxalá!)

Os níveis de HCG encontrados nessa mostra atestam o resultado NEGATIVO

O que?! Negativo?! Graças a Deus! Mas....
Cade o bebê que estava aqui?! Estava aqui sim, dentro do meu ventre, agora pela manhã quando despertei ansiosa para fazer xixi naquele potinho... aquele que eu guardei e acaricei com as mãos, as mãos minhas e dele.
Pensar que por algumas boas horas eu fui geradora de uma vida, eu fui o que sempre quis ser, mesmo sem estar completamente preparada para isso, muda muita coisa. Me muda como mulher, me muda como esposa, nos muda como casal e muda o sentimento que já estabelecemos. Renova. Revive. Melhora.
Mas agora é só o vazio que ecoa no ventre meu.