quinta-feira, 30 de setembro de 2010

30092010

Acordo com cheirinho de chuva e manhã penetrando por uma pequena fresta da janela. A luz já invadiu quarto e sala e os sabiazinhos que costumam cantar na garagem hoje não apareceram. (foi a chuva que espantou!)
Se todo dia eu resolvesse sonhar com a menina mulher acho que acordaria mais feliz. Ontem a noite tiraram a menina do meu braço e em outro segundo foi ela quem cortou o pequeno polegar na gilete rosa.
Na roda de amigos o papo rolava solto e música de Caetano ecoava pelas paredes da sala vazia e estática. "Foram apenas os morcegos" dizia ela. Agora é tarde pra tentar tirá-los do imenso buraco da garganta da moça altiva. 

quinta-feira, 15 de julho de 2010

14072010

Me transformo a medida que compreendo minha existência. Fluxos de energia e coincidências certeiras. Mutações e elevações de espírito. Espiritualidade que me envolve me fazendo emergir de um caminho tortuoso. Oro e peço proteção.. a mim e a você. À todos os meus queridos. Todos os dias ao despertar agradeço, bem ali, à aurora do dia. Caminho lentamente, inspiro, expiro, vivo.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

E  melhor a palavra que traduz o atual estado de espírito em que vivo é FELICIDADE. Que transborda, que borbulha, que transforma, que motiva.

terça-feira, 18 de maio de 2010

- Isso é it!

Algumas mulheres nascem para ser mãe. Ou para espalhar esse sentimento aos próximos. Amigos, conhecidos, colegas, parentes, estranhos no ponto de ônibus.
O fato é que quando parecemos estar cara a cara com essa realidade, mente e corpo se transformam no exato momento. Quando a "mocidade" atrasa mais do que devia já entramos de imediato num processo que mescla preocupação e mudanças repentinas de comportamento. A fome aumenta, o seio dói, o temperamento borbulha e parece que até a barriguinha dá sinais de crescimento.
Não vemos mesmo outra saída que não comprar um exame que poderá mudar o teu presente e iluminar o teu futuro. "Bom dia! Faça xixi no potinho! Mergulhe a fita e espere que apareça apenas UM risquinho cor de rosa". 5 minutos parecem uma eternidade. Só nesse momento me dou o direito de reviver todos os meus passos como num rolo de filme. "Não era pra ser agora". Mas e se for?! Tudo bem.. damos um jeitinho aqui e ali, o quarto de visitas pode facilmente ser transformado no quarto do bebê, com certeza a família irá ajudar no início e pense bem... um filho... uma vida pulsando dentre de ti... não poderia ser mais maravilhoso, afinal, no quesito coisas materiais a gente arruma uma outra saída.
Pronto. Um risquinho cor de rosa apareceu.... e outro também. BoooooM!
O mundo c
                 a
                   i
                    u sobre minha cabeça ou foi só um suspiro mais forte do meu coração que agora bate acelerado e com vontade de ser vomitado?
Acorde seu marido... conte a ele, não digira toda essa informação sozinha! "Não é possível!!!". Sim, é possível sim senhor.
Tenho certeza que ele também teve sua sessão de cinema particular naquele fragmento de instante.
Volto a adormecer, mas dessa vez minha mão não está sobre ele, ou sobre o peito, está sobre o ventre. O desejo de cuidar de algo que está dentro dele soa mais forte, e num  momento de "conformidade", as mãos dele vem parar no mesmo lugar. Cuidar do que é nosso, do que é fruto do que já se estabeleceu entre nós.
Para ter a certeza é necessário tirar alguns mls de sangue. Medir o nível de um certo hormônio, o tal do HCG. Seu coração continua batendo forte, afinal aquele momento pode mesmo ser derradeiro. "Que picadinha que nada..."
Uma hora depois você terá a resposta......
......
..................
.......................................
.............................................. (passa minuto, passa segundo.. passa rápido por amor a Oxalá!)

Os níveis de HCG encontrados nessa mostra atestam o resultado NEGATIVO

O que?! Negativo?! Graças a Deus! Mas....
Cade o bebê que estava aqui?! Estava aqui sim, dentro do meu ventre, agora pela manhã quando despertei ansiosa para fazer xixi naquele potinho... aquele que eu guardei e acaricei com as mãos, as mãos minhas e dele.
Pensar que por algumas boas horas eu fui geradora de uma vida, eu fui o que sempre quis ser, mesmo sem estar completamente preparada para isso, muda muita coisa. Me muda como mulher, me muda como esposa, nos muda como casal e muda o sentimento que já estabelecemos. Renova. Revive. Melhora.
Mas agora é só o vazio que ecoa no ventre meu.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

quarta-feira, 17 de março de 2010

Travesseiro

O mundo se acalma quando eu mergulho na imensidão do teu peito que acalanta meus sorrisos e alimenta minha alma.
A noite se abre em um céu emergido de nuvens opacas e estrelas que brilham em pontos distintos. Meu coração se quieta na inquietude do meu ser que agora adormece resplandecente.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

_Desfazendo

Acordo e discordo
Imploro e corro
Sumo... desmaterializo.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Melancolia

E tem dias que você acorda com gotinhas de saudade caindo sobre sua cabeça. Saudade de um momento bom, de um dia inesquecível, de um amigo longe ou de um amigo que mesmo pertinho se torna cada dia mais distante, saudade da mãe, do pai, do irmão, saudade da cadelinha que você ganhou aos 5 anos de idade, saudades daquela viagem, do sorvete que já não se encontra mais, do pastel da feira daquela rua que você morava, saudade do barulho da chuva e do calor do sol na pele, saudade do banho de piscina, da aventura na cachoeira, do acampamento roots em que você leva 3 horas para conseguir a água e fogo, saudade do abraço apertado, dos tempos de escola... saudade dos dias de faculdade, do primeiro emprego, das noites mal dormidas e das noites em que o sono que vem gostoso. Saudade que aperta, que machuca, que te faz rir, que acalma os nervos, que amplia os sentidos, que anima, que finge que foi embora só pra te fazer sentir falta dela. É.. simplesmente a saudade.

Saudade da saudosa maloca que me viu crescer, que me fez mulher e que me acompanha oculta todos os dias..
que
d
e
r
r
a
m
a suas virtudes e suas inquietudes. Que me motiva.


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

- Ecoa

Meu post começa assim... um copo de coca-cola e o barulho de um grilo embaixo da janela.
Foi um dia corrido. O calor me deixa mal, tonta, pressão baixa e a moleza me domina. Visita uma obra aqui, faz um projetinho ali, resolve um pepino por telefone acolá...
A "necessidade" de ajuda de um amigo com a sua obra me deixa feliz. Sorrio e pra lá me dirijo, curiosa pra visitar o novo cantinho em construção. Idéias, sugestões, conversas, conversas, conversas.
Volto ao trabalho, mais projetinhos aqui e acolá. O dia acaba e continua abafado. Chego em casa com vontade de me esticar, tomar um gole gigante de água gelada, daqueles que até deixam a garganta doendo. Não tenho água gelada!Toma um suco de maracujá, mas não é a mesma coisa, definitivamente.
Espero ele voltar pois o horário se aproxima. Lembro que hoje ele não volta. Viajou. Pra longe e a trabalho. Pensamento e coração foram com ele, o dia todo estavam com ele. Casa vazia, só o som da televisão ecoa pela casa enquanto estou no quarto, sentada, trabalhando mais um pouco. Sinto falta do beijo molhado, da pele macia, do abraço apertado e do peito que me protege e vela meu sono como um traveseiro de nuvens do céu que conhecem cada gota de água do mar. Coloco nossa música.. "Ela é minha menina, eu sou o menino dela..". Só pra variar... só pra me distrair e tentar suprir a falta imensa que ele me faz.